A biologia é uma ciência natural experimental, na qual
o conhecimento científico é construído através da confirmação de teorias e
hipóteses por meio de experimentos controlados. Uma crítica constantemente
dirigida ao ensino de ciências e biologia nas escolas se refere à falta de
experimentação. O ensino experimental nas escolas contribui para uma melhor
qualidade de ensino (MOREIRA & AXT, 1991). Outra critica comum é a de que a
biologia é ensinada de forma fragmentada como se os conteúdos pudessem ser
separados em caixas e assim mantidos isolados nas cabeças dos estudantes. Ao
refletirmos sobre este problema, buscamos desenvolver uma atividade
experimental promovesse a problematização, a interdisciplinaridade e a
criticidade científica. O conteúdo
escolhido deriva da biotecnologia, mais especificamente da química de produtos
naturais aplicada ao cotidiano.
O experimento/kit experimental em desenvolvimento visa
demonstrar o potencial bioativo (microbicida) de substâncias encontradas
facilmente no cotidiano de todos nós e que passam despercebidas da maioria das
pessoas. Todas as substâncias testadas são embasadas por trabalhos científicos
prévios. Nosso desafio foi o de transpor este conhecimento que costumeiramente
fica restrito ao meio acadêmico para o ambiente escolar sem que houvesse a
necessidade da compreensão de conceitos prévios de elevada complexidade, ou
mesmo um nível de complexidade que não seria adequado à educação básica. Este
projeto conta com apoio financeiro da FAPERJ e com a colaboração da estudante
de Ciências Biológicas da UERJ Luana Bispo, minha bolsista de iniciação à
docência, que nos últimos dois meses tem se dedicado a realizar, sob minha
orientação, os acertos necessários para que os kits experimentais de
“biotecnologia” cheguem aos professores das escolas envolvidas no projeto.
Prof.ª Magui Vallim